O Ministro dos Transportes e da Mobilidade Sustentável, Oscar Puentedefendeu hoje a importância de avançar no caminho para descarbonização do transporte de passageiros e mercadorias. Um objectivo que passa necessariamente pela conclusão do Rede Transeuropeia de Transportes (RTE-T), especialmente nos troços transfronteiriços, e tornar a liberalização do transporte ferroviário sem barreiras uma realidade em todos os Estados-Membros.
Assim, o ministro apelou a todos os países da União Europeia para que cumpram os seus compromissos no sentido de completar a Rede nos prazos estabelecidos e, assim, aproveitar todo o potencial da ferrovia para alcançar um mobilidade sustentável e saudável em toda a Europa.
“Se quisermos ter uma rede ferroviária europeia de alto desempenho que contribua para a descarbonização, devemos fazer um esforço para completar a Rede Transeuropeia de Transportes no prazos estabelecidos no Regulamentoe temos de acompanhar o processo de liberalização, eliminando barreiras para os operadores ferroviários num ambiente de concorrência leal. É essencial que todos os Estados-membros cumpram os nossos compromissos acordados a nível europeu”, defendeu o ministro durante a sua estadia em Bruxelas, onde hoje se realiza o Conselho Informal de Ministros da UE e o Dias Conectando a Europao maior evento sobre transportes e infraestruturas a nível europeu, que nesta edição se concentrou na aplicação do novo Regulamento RTE-T.
Novo regulamento RTE-T
Neste sentido, durante o seu discurso na sessão plenária dos Connecting Europe Days, uma das sessões mais relevantes do dia, o ministro destacou o importante contributo dos regulamentos revistos da Rede para optimizar o Corredores de transporte europeus, como o Atlântico e o Mediterrâneo.
E o novo regulamento presta especial atenção à eliminação de gargalos garantir o correto funcionamento dos troços transfronteiriços, na promoção de medidas que tornem a rede resiliente aos efeitos das alterações climáticas e da instabilidade geopolítica, e na ligação com os países candidatos à UE (Moldávia, Ucrânia) e a região vizinha do Ocidente Balcãs.
“A prioridade para o Sudoeste Europeu é a melhoria das ligações com a Europa Central e o reforço dos seus portos, que desempenham um papel geoestratégico na Península Ibérica e à escala europeia e global”, explicou o ministro. Não é à toa que, para chegar ao centro da Europa, os países periféricos dependem da concretização desta rede, da construção do ligações transfronteiriças e que a continuidade da rede seja garantida nos troços nacionais.
Assim, o chefe do Departamento reiterou que o desenvolvimento do Corredores Europeus Atlântico e Mediterrâneo É uma prioridade absoluta, que contribuiria para avançar na descarbonização dos transportes, e tem apoiado a promoção de ligações de um lado ao outro da União Europeia, defendendo que o Corredor Mediterrâneo chegue à fronteira com a Ucrânia, algo que finalmente foi alcançou.
Entre as novidades do regulamento revisto, que será aprovado definitivamente pelo Parlamento Europeu em abril, o ministro aplaudiu o reforço do papel dos coordenadores. Com este novo texto, os coordenadores adquirem o carácter de “facilitadores” para garantir o planeamento atempado dos investimentos e a aplicação das medidas necessárias para atingir os objectivos. objetivos do Regulamento RTE-T.
Entre os melhorias coletadas Os regulamentos revistos da Rede Transeuropeia de Transportes destacam:
.- O reforço do mecanismos de governança existentes, especialmente em relação aos corredores de transporte europeus e ao papel dos seus coordenadores.
.- Suporte para o projetos críticos nos corredores de transporte europeus que exigem um maior empenho. Neste ponto, o ministro indicou que a medida deverá ser acompanhada de benefícios financeiros, como um orçamento específico ou procedimentos de afetação simplificados, como é o caso dos projetos de mobilidade militar.
.- Fortalecer o interoperabilidade e intermodalidadecom ferramentas como a criação do Espaço Marítimo Europeu ou a modernização do sistema de informação e monitorização.
.- A necessidade de garantir o coerência do planeamento e dos investimentos nacionais com as prioridades da União.
.- E o novo papel que o nós urbanos não apenas como pontos de ligação entre secções da rede, mas também como intervenientes de pleno direito, especialmente nos transportes sustentáveis.
“O regulamento representa um avanço substancial porque, por exemplo, procura facilitar a conclusão dos corredores atempadamente, um objectivo ambicioso que deve ser apoiado por orçamentos plurianuais igualmente ambiciosos e estáveis. O texto acordado é ambicioso e pragmático e serve de exemplo da eficácia do diálogo interinstitucional na União Europeia. Agora cabe a cada um de nós traduzir este acordo em ações“, afirmou o ministro durante seu discurso.