Reproduzimos o texto integral da carta enviada pelo presidente da associação empresarial asturiana Ovídio de la Roza ao ministro do Transporte e Mobilidade Sustentáveldada a grave situação em que se encontra o rodovia A-66 e dificuldades de trânsito Palheiros:
Prezado Ministro:
Já que você é um conhecedor perfeito, a rodovia AP-66 está fechada, tanto para subir às Astúrias como para descer ao planalto, depois do deslizamento ocorrido no passado domingo 10 de novembro pela manhã e que inviabilizou a passagem na rodovia no quilômetro 76perto do município de Pola de Lena. As toneladas de pedras e lama que desabaram no alto do vale de Huerna tem um impacto absoluto na circulação em geral, e no tráfego de mercadorias em particular, uma vez que afectou o quatro pistas que compõem a rodovia.
O tráfego rodoviário está sendo desviado necessariamente ao longo da N-630 (porto de Pajares), enquanto as autoridades estabeleceram um desvio em direção ao porto de Pajares no quilómetro 65 da A-6. Mas este desvio, que já em condições normais implica um prolongamento muito significativo dos tempos de transporte, está condicionado pela sua complexa orografia quanto ao clima, sendo que nestes mesmos dias o porto de Pajares está no nível vermelho devido a uma possível queda de neve, veículos articulados não podem circular, caminhões ou ônibuse para o resto é obrigatório o uso de correntes ou pneus de inverno e dirigir em 30 km por hora. Isto significa que as empresas de transporte de mercadorias ficam sem comunicação rodoviária de e paral Principado e vice-versaa, já que as alternativas possíveis têm um percurso muito mais longo, como a rodovia de o planalto (A-67) que liga Cantábria a Palência ou o A-6 que leva à Galiza.
Do próprio ministério recomenda-se o acesso às Astúrias evite a N-630 e circular pelo A-67 (rodovia da Meseta) que liga Palencia a Santander e mais tarde o A-8, Eixo Cantábrico, para destinos na área de Astúrias-orientais (Llanes, Ribadesella); bem como o itinerário A-6 a Lugo para tomar também a A-8, em direcção a França, até à zona de Astúrias Ocidentais (Navia, Luarca). Como já lhe expliquei, todas estas alternativas implicam prolongar de forma muito considerável tempos de transporte com os danos que acarreta para clientes, empresas e trabalhadores.
Para mitigar tais efeitos, solicitamos que seja estabelecida uma série de exceções temporárias às regras estabelecidas nos artigos seguintes do Regulamento n.º 561/2006:
,. Artigo 6.1: substituir o limite máximo diário de condução de 9 horas por 11 horas.
.- Artigo 6.2: substituir o limite máximo de condução semanal de 56 horas por 60 horas.
.- Artigo 6.3: substituir o limite máximo de condução quinzenal de 90 horas por 102 horas.
.- Artigo 8.1: reduzir a necessidade de descanso diário de 11 horas para 9 horas.
.- Artigo 8.6: possibilidade de gozo de dois intervalos semanais reduzidos consecutivos de pelo menos 24 horas, desde que a compensação dos mesmos seja gozada em conjunto com o próximo descanso semanal normal; ou a possibilidade de adiar o início do período de descanso semanal para além de seis períodos de 24 horasç
Essas exceções se aplicariam a motoristas que participaram de:
1.- Operações de transporte originários das Astúrias e cujo percurso ideal para chegar ao destino exige a circulação total ou parcial pela rodovia AP-66;
2.- Operações de transporte de mercadorias de qualquer parte do território nacional que seja necessária à realização do abastecimento e abastecimento de empresas e cidadãos do Principado das Astúrias.
Espero que compreendam a situação de urgência e necessidade que nos leva a solicitar tais medidas excepcionais, pois a realidade é que se o défice estrutural de infra-estruturas que ligam as Astúrias Com o platô soma-se a complexidade do acidente ocorreu em AP-66 O resultado é uma situação muito complexa tanto para o abastecimento das empresas e dos cidadãos como para a actividade económica da nossa rede empresarial, que vê prejudicada a comercialização dos seus produtos.
Portanto, peço que você considere adotar as medidas orçamentadasficando à sua inteira disposição para o seu tratamento.
Assinado: Ovídio de la Roza PRESIDENTE DA ASETRA