A queda na demanda por carros novos está forçando a Honda a fechar fábricas na China. A produção do país será reduzida em um terço, o que representa cerca de 10% da produção global, afirma o Nikkei Asia.
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A razão para esta decisão é o declínio da procura local de automóveis com motores de combustão interna no contexto do boom dos automóveis eléctricos. As vendas da Honda caíram 40% ano após ano em junho. Ao mesmo tempo, para não perder perspectivas no maior mercado automobilístico do mundo, a Honda planeja abrir ali duas fábricas para a produção de carros “verdes”.
A Honda fechará três de suas sete linhas de produção. Como resultado, a produção anual de automóveis com motor de combustão interna na China diminuirá dos actuais 1,49 milhões para cerca de um milhão de unidades, mais em linha com a queda da procura.
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De acordo com os especialistas, tanto a mudança da China para a mobilidade verde como a expansão demasiado rápida da produção por parte das empresas locais, que aumentou a concorrência, desempenharam um papel importante. Além disso, carros elétricos chineses baratos chegaram ao Sudeste Asiático, uma região tradicionalmente dominada pelos japoneses.
Outros fabricantes japoneses também estão a ajustar os seus negócios na China. Em 2021, as vendas combinadas dos maiores players – Toyota, Honda e Nissan – caíram um milhão de carros por ano, de cerca de 2,5 milhões para um e meio. E se em 2021 as quotas eram quase iguais, agora a Nissan tem uma clara vantagem. Porém, vale ressaltar que em 2022 a empresa alterou sua metodologia de cálculo.
Apesar da melhor posição em relação aos seus compatriotas, em junho a Nissan também fechou a fábrica chinesa, que não funcionou nem por quatro anos. Foi criada em conjunto com a Dongfeng e produz crossovers Qashqai, representando 10% da produção da marca na China.
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