O conjunto de serviços transporte público de passageiros e serviços de carga, exceto o setor de ônibus, celebrarão nesta quarta-feira um Greve nacional de 24 horasn contra os planos de ajustamento económico do Governo de Javier Milei.
A medição da força começará às 00:00 horas deste dia 30 de outubro e se estenderá por todo o dia, afetando os serviços de trens, navios, aviões, metrô e caminhões, tanto de passageiros quanto de carga.
A Confederação Argentina dos Trabalhadores em Transportes (CATT) foi responsável pela sua chamada. A decisão sobre a data foi tomada em 8 de outubro, após o adiamento da greve inicialmente marcada para 17 de outubro.
Entre as razões apresentadas para esta chamada estão “o ajuste promovido pelo governo de Javier Milei, o aumento das passagens após a retirada dos subsídios, a tentativa de privatização da Aerolíneas Argentinas, o ataque aos aposentados e a rejeição ao aumento da pobreza.”
Prevê-se que durante este dia a actividade nos portos fique paralisada e todos os serviços de trens de passageiros e de cargabem como os de caminhões de carga e transporte de mercadorias.
No caso do setor aéreo, milhares de passageiros serão afetados, pois vários voos serão cancelados e haverá atrasos e mudanças de cronograma, especialmente nas Aerolíneas Argentinas.
A empresa pública explicou quem tomou todas as medidas que estão ao seu alcance para mitigar o efeito desta medida através do reagendamento – antecipando e adiando saídas para fora do intervalo de tempo da medição— e criação de voos especiais para redistribuir os passageiros afetados. Por sua vez, a empresa trabalha com sua rede de alianças para oferecer alternativas aos que estão em trânsito.
O Governo argentino rejeitou esta greve, salientando que a única coisa que consegue seus organizadores estão prejudicando aqueles que querem trabalhar. “A paragem privilegiada. Quem quer viver num país melhor não quer parar”, afirmou esta terça-feira o porta-voz do Executivo, Manuel Adorni.
Os ônibus esperam até quinta-feira
Os ônibus funcionarão normalmente na próxima quarta-feira, embora seus serviços sejam cancelados na quinta-feirajá que a Unión Tranviarios Automotor, sindicato que reúne o setor de ônibus argentino, convocou uma greve para esse dia.
Inicialmente o sindicato não aderiu à greve de quarta-feira esperando para fechar com sucesso um acordo salarial, o que acabou por não acontecer, razão pela qual programou a sua própria medida para um dia depois da de todo o sector dos transportes.
No entanto, o Governo convidou a UTA para uma mesa de reunião final com o objectivo de paralisar a convocatória desta greveabrindo a possibilidade de conseguir um aumento salarial e de o mesmo ser negociado numa base tripartida.